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Casa da Ju

Um blog sobre DIY, Costura, Livros, Filmes e mim…

Casa da Ju

Um blog sobre DIY, Costura, Livros, Filmes e mim…

Normalmente fazemos 2 semanas de férias no verão. Tipicamente agosto. As crias não têm escola nem em julho nem em agosto e em julho é mais fácil arranjar actividades para eles.

Sonhamos sempre em fazer 3 semanas de férias.

Este ano vamos conseguir, mas intercaladas, 1 + 2. É intencional esta paragem. É uma forma de prolongarmos mais um bocadinho o verão. 1 semana para ficar com o gosto, pára-se e vem-se 1 semana para o marasmo de Lx em agosto e depois mais 2 semanas de férias, antes do caos do novo ano lectivo e de todos os assuntos que já estão a começar a marinar.

Sonho com Alentejo, com a praia dos Alteirinhos, com fins de tarde na praia, noites frescas para leitura, ameijoas, cornetos soft da Olá (adoro o de avelã!), com calma, vinho e comida boa. Tudo coisas que vão ser destruídas com o barulho bom dos míudos, os mosquitos à noite, o ralhar com o cão que suja a casa toda e os stresses normais de que falta pão e é preciso ir às compras, a roupa que não me serve, é desta que começo a dieta (logo a seguir às férias, claro!), o raio do e-mail  a que não resisti a deitar o olho e que me deixa logo irritada, etce e tal... mas mesmo assim, férias, são férias e apetecem-me mesmo muito.

Tenho ainda que decidir leitura para estes dias. Temnho uma lista de pendentes e algumas coisas por ler mas esta é sempre uma boa oportunidade para ir às compras. O que recomendam?

Tenho muitos. Tenho cada vez mais. Durante uns tempos decidi fingir que isso não era um tema. Faz parte. Nada de mais. Pintar é uma seca. Estraga o cabelo. Demora tempo. Deixar andar.

Um dia alguém da equipa no trabalho disse-me que devia começar a pintar. Que parecia mais velha assim. Parecer mais velha na curva dos quarenta não é bom. Mas pintar o cabelo é uma seca. Parecer velha também. Comecei a pintar de vez em quando.

Drama das raízes. Primeiras duas semanas tudo ok. Depois cabelo a 2 cores. Péssimo. Passei às nuances. Sempre disfarça alguns brancos das raízes. Então, primeiras três semanas tudo mais ou menos ok. Depois péssimo.

Um dia, diz-me o marido de manhã na casa de banho que de facto eu estou a ficar muito branquinha. Que de facto assim pareço mais velha. Ele que nunca me diz nada.

Decisão: pintar o cabelo de 4 em 4 semanas máximo. De 3 em 3 meses pintar todo e fazer nuances. No meio fazer só raízes. Escolher um bom cabeleireiro, tinta de boa qualidade. Champôo específico cor, condicionador específico. Tentar que o cabelo não se estrague ou fique seco. Agora no verão usar condicionador para o sol e antes da praia colocar spray protector. Tem que ser.

Os cabelos brancos nos homens dão charme. Se o homem tiver cuidado consigo, algum cuidado com a sua imagem, os brancos dão charme. Tenho amigos bem giros agora aos 40 já bastante grisalhos. Quando digo giros é mesmo bem giros (claro que antes dos brancos já não eram feios). Ou seja os brancos não pioraram. A imagem da idade deu-lhes qualquer coisa boa.

Com as mulheres isso não acontece. A partir de certa idade os brancos são mesmo só isso. Um sinal de idade. Que normalmente não é bom. Há senhoras com mais idade às quais o cabelo branco (meio acinzentado, meio azulado) até fica bem. Mas parecem isso mesmo. Senhoras com uma certa idade. Eu não me sinto uma senhora de certa idade. Por isso, há que pintar o cabelo. Todas as quatro semanas.

Assim, todos os meses há que pagar a casa, escola, gás, água, luz, tv, ... e o cabeleireiro. Mais vale encarar como despesa fixa. Eu que só ia ao cabeleireiro para cortar o cabelo. Raios.

Estive lá.

E foi muito bom.

Nunca tinha assistido a um concerto deles e foi genial.

Gostei também bastante mais deste formato SBSR. Muito civilizado. Organizado. Limpo. Pavilhão atlântico muito bom. Espaço muito agradável.

Muito mais a minha (nossa) onda. Já não vamos para novos e isso nota-se na nossa tolerância, paciência. Muitos casais, tal como nós. Faixa etária mais alta. Fiquei com a ideia que uma boa parte tinha há 20 anos a mesma t-shirt preta, que usa apenas para ir a festivais e concertos. Identifiquei-me. Não tenho nada contra mas não entendo aquelas miudas que vão todas arranjadas para os festivais de verão. Mas elas não têm frio de micro calções e alcinhas? Não t~em medo que lhes pisem os pés nus nas sandálias no meio de uma maior vontade de dançar? Não estou a dizer para irem desanrrajadas. Nada disso. Mas não é bom andar confortável?

Devo estar a ficar velha. Raios.

 

Cadernos.JPG

 

Tenho andado a fazer re-booting. Re-booting a mim, às minhas coisas. Tem sido um processo longo. Normalmente demora 2 ou 3 dias. Desta vez não. Demorou (está a demorar) mais. Sempre me animei com listas e muitas coisas para fazer.

Este ano o cansaço já vai longo, as férias ainda distantes (mesmo que faltem poucos dias parecem ainda muito longe), o ano muito cheio.

Provavelmente a PDI também não ajuda.

Desta vez as listas têm sido mais díficeis. Mais dificeis de fazer. Mais dificeis de levar a sério. Como disse, sempre me animei com listas. Uma página branca, que que se transforma, escrita à mão num conjunto de coisas que em breve serão palpáveis sempre me deixou com aquele entusiasmo, ânimo que me impele para a acção.

Assim, para simplificar, parti a lista em várias. A To-Do do trabalho que existe sempre no moleskine do costume. A Personnal no caderno pessoal com as coisas práticas do dia a dia, a da Escola com um plano de preparação das aulas de Lx, do Pt e do caso que teima em tardar a sair e a da Casa com a quantidade de coisas que é preciso fazer, arrumar, comprar, refazer, etc....

Muita coisa para fazer. Algumas óbvias, fáceis, do costume (exercício, dietas, blablabla...) e outras mais de longo prazo. E isso é bom. Sabe bem.

Ainda não coloquei datas em quase nada. Mas lá chegarei.

Ontem foi dia de experimentar o Mini-Bar. Gosto de todos. Muito. Ainda falta conhecer o Belcanto. O Mini-Bar é o meu preferido. Claramente. Os "Ferrero Rocher" são divinais. Orgásmicos.

Não, não estou a exagerar. Gosto mesmo de comer e gostei mesmo muito do Mini-Bar.

Mesmo com direito a cabeça partida (não a minha, a do marido que teve esse azar e direito também a ser assistido logo ali no restaurante por um empregado muito prestável).
Conheço uma pessoa que adoptou há uns 3/4 anos (talvez 5) três crianças. 3 irmãos que na altura teriam entre 2 a 6 anos. Lindos, mas já com uma história de vida muito complicada.

Filhos muito desejados, sobretudo pela mãe. Não conheço os detalhes mas soube directamente por um deles que os primeiros tempos foram muito complicados. Fase de adaptação, testar os pais muitas vezes, algumas dificuldades com a figura materna, etc... Nada de surpreendente ou novo mas que vivido na primeira pessoa é extraordinariamente difícil. O amor cresce com o tempo e tudo o que cresce precisa de terreno fértil. E o terreno precisa muitas vezes de ser preparado antecipadamente.

Entretanto soube que um deles, o pai, mudou de emprego e esse emprego é fora do país (Europa, sítio muito civilizado). Circunstâncias da vida, boa oportunidade profissional, o normal.

Tinha alguma curiosidade em saber se a mãe e crianças teriam ido também. Afinal trata-se de mais uma adaptação para as crianças, mais uma mudança. E as crianças no geral, e estas em particular, precisam de muita estabilidade, muitas rotinas, muita segurança.

Recentemente apercebi-me pelo facebook que ele talvez estivesse sozinho. Muitas festas, viagens, muita gente bonita à volta, nada de crianças ou esposa. A mesma loura (nada contra, até porque desde que pinto o cabelo com regularidade estou quase lá!) sistematicamente a rondar.

Soube esta semana, via conhecido comum, cusquice pura (da boa!), que eles se teriam separado, que ele estava todo contente por lá e que a(s) loura(s) seria(m) mesmo nova conquista(s) e que em breve as crianças se iriam mudar para ficar com ele, sem a mãe.

Não conheço os detalhes da separação, não quero conhecer. Não tenho nada contra. Cada um tem a sua vida, toma as suas decisões, todos têm direito a ser felizes. Também não tenho a filosofia de que a mãe é que deve ficar com as crianças. Têm direito a ter e manter os seus afectos, a ter estabilidade, acesso repartido a ambos os pais (caso existam dois).

Mas custou-me muito, muito saber que estas crianças vão ter outra vez a vida virada do avesso. Que vão perder (outra vez) aquela que seria já uma nova figura materna. Num país no qual não falam a língua. Começar tudo de novo.

É que o que a minha experiência me diz é que as criança precisam muito, mas mesmo muito, de estabilidade. Amor e afectos, é certo, mas muita, muita estabilidade.
Há pessoas que nos dão energia. Há pessoas que nos tiram energia.

Hoje vou estar com uma que me tira energia (muita).

Felizmente é 6feira.
Uma das coisas boas dos voos longos são os filmes. Com as pequenas feras lá de casa a vida social reduz-se muito e as idas ao cinema são raras. Assim, aproveito sempre estas viagens para ver uns filmes (e tentar manter-me minimamente actualizada). Não é a situação ideal mas previne que um vizinho desconhecido meta conversa na viagem toda e faz-nos companhia durante as refeições e antes que se tente dormir qualquer coisa.

Nesta viagem vi 4.

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