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Casa da Ju

Um blog sobre DIY, Costura, Livros, Filmes e mim…

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É hoje. 41 já cá cantam.

Dia de não fazer nenhum. Tentar não ver e-mails. Manhã vai começar com massagem. Mais tarde provavelmente praia, comida boa, sangria, vinho, marido, filhos e família. Um dia em bom. Como deviam ser muitos outros.

Dia de pensar no que foi o último ano. De pensar como vai ser o próximo. Gosto de listas. De coisas para fazer. De planear. As férias ainda aí vêm. O ano lectivo ainda vai começar. Ainda posso ir ajustando a lista. Lista que não me serve de nada. Porque nunca a levo até ao fim. Por que os anos se vão tornando semelhantes. Será da idade? Ou é porque, no fim do dia, a vidinha que vou tendo é bem boa e aos olhos de outros seria impensável queixar-me? 

Ok. Primeiro ponto da lista: ser menos rezingona e agradecer mais vezes quem e o que tenho. Agradecer à vida. Agradecer aos outros. Agradecer a mim.

Ontem fui ao Ikea com a minha irmã. Comprar coisas para a casa dela, arrumação, protectores de gavetas, etc... Fomos ao final do dia. Como sempre aquilo estava cheio. Díficil estacionar, lugares de grávida todos ocupados (a minha irmã está grávida e já que eu nunca gozei desse estatuto agora sempre que a tenho dentro do carro aproveito). Ikea normal. Parece que ninguém foi de férias e que ficaram todos em Lx a fazer compras.

Entretanto percebi que aquilo estava cheio de angolanos. Nada contra. Muito pelo contrário. Se há discurso no qual não vou é naquele que demoniza o turismo, que reclama dos dolares e euros gastos na av. da Liberdade, nas lojas e restaurantes de Lx (e também do Porto). É dinheiro que entra no país e só consigo ver isso como positivo. É claro que há que ter cuidado para não nos tornarmos uma Barcelona, que tem inúmeros problemas relacionados com o turismo, mas estamos muito longe, não é? Basta comparar o número de visitantes de Lx com Barcelona para percebermos a quantas milhas estamos. Por isso nada de complicar. Turismo é bom. Bom para a economia. E logo bom para os nossos (meus) impostos. Faz-lhes bem à saúde.

Agora, no Ikea? O que raio se pode comprar no Ikea que se consiga enfiar tranquilamente num avião? Mobília? Nããã... Roupas de casa, decoração, almofadas, louça, talheres, ??... Não consigo entender. Claro que podem ser pessoas que tenham cá casa. Mas tantas assim? Dificilmente. 

Claro que eu tive que comprar mais uns tarecos, que na altura me pareceram muito baratinhos e fundamentais. Como de costume gastei muito mais do que era suposto. Acredito, cada vez mais, que esse é o modelo de negócio dos srs do Ikea. Como gastar dinheiro em coisas úteis mas sem as quais viveríamos igualmente bem?

A minha irmã comprou, há uns meses, a sua primeira casa. Antiga, linda, acolhedora… para recuperar. Ideia muito romântica. Vai ficar fantástica. Por limitações de orçamento não podem simplesmente fazer as obras todas de uma vez. Vão andar a fazê-las aos poucos. Primeiro uma parte, depois outra. E, claro, vão contar com o apoio de todos. Pintar paredes, colocar o soalho, etc…

Esta semana estamos de férias e a ideia foi mesmo essa, ajudar. Assim, ontem foi dia de pintar paredes e pintar os aros das portadas. E agora, dor. Muita dor. Braços, pernas, agachamentos e subir a escadotes. Estamos todos moídos.

Estas ideias românticas doem. Doem muito. Doem no corpo.