Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Casa da Ju

Um blog sobre DIY, Costura, Livros, Filmes e mim…

Casa da Ju

Um blog sobre DIY, Costura, Livros, Filmes e mim…

Hoje foi dia de cinema cá em casa. Videoclube do Meo. E um filme que tinha vontade de ver já há algum tempo.

E foi bom. Foi muito bom.

A adolescência. O primeiro amor. A vontade de mudar, de fazer algo por nós. E a música. Acima de tudo a música. E a força que tem na nossa vida, sobretudo nessa fase. E a qualidade da banda sonora. Não que seja genial porque há claramente melhor, mas com todas as referências certas.

Lembro-me na universidade de ter tempo para ouvir música. Mesmo tempo. Chegava das aulas e podia sentar-me ou deitar-me simplesmente a ouvir música. Fazia parte das actividades normais. Da mesma forma que lia, comia, ia para aqui ou para ali, estudava, saía à noite, eu ouvia música.

Hoje ouvir música já não é uma actividade. A música tornou-se um acompanhamento. Uma banda sonora. No carro. Na corrida. No trabalho. Muitas vezes a cozinhar. A preparar aulas. No quarto com a leitura. Mas perdeu-se o hábito de simplesmente ouvir música.

Foi a vida e também, provavelmente, a desmaterialização da música. Perdeu-se aquela coisa de comprar 1 cd e ir para casa ouvi-lo. Agora a música arranja-se, sicroniza-se. Ainda não estou totalmente habituada a esta desmaterialização. Por um lado a minha organização digital ainda é baixa (que o digam os milhares de fotos que tenho para organizar) e por outro as coisas novas também têm menos valor. Literalmente. Custam menos. Os cds eram caros e eu não podia comprar tudo o que me apetecia. Só aquilo que eu já sabia que era ou ia ser muito bom. Havia que prioritizar.

Agora também é mais díficil ouvir coisas novas. Os amigos já não ouvem todos a mesma música, logo há menos coisas a circular. Os amigos vão surgindo ao longo da vida por muitas razões, não apenas porque andamos todos com uma t-shirt a dizer "Death to the Pixies". 

Mas continuamos a ouvir as coisas de sempre. De sempre muito boas. Na lista sempre Pixies, The Sound, Radiohead, Portishead, PJ Harvey, Arcade Fire, The National (talvez a melhor descoberta dos últimos anos), etc...

 

 

Os aviões recentemente têm feito mais parte da minha vida. Por razões profissionais.

Gosto de Clint Eastwood, o realizador. Cartas de Iwo Jima, Mystic River, Changeling, Gran Torino, Invictus, Trouble with the curve, etc.... Envelheceu bem. Envelheceu muito bem. Como actor registo o admirável As Pontes de Madison County. A fase Dirty Harry diz-me muito pouco (e o que diz não é bom).

O Tom Hanks é o Tom Hanks. Não estaria na lista dos meus preferidos. Não me passaria pela cabeça dizer que é um mau actor. Muito pelo contrário.

Por isso alguma curiosidade.

Que ficou satisfeita. Filme escorreito, boa gestão do tempo, boa fotografia (sentimos algum do frio do Hudson), focus na personagem, na pessoa, na sua complexidade, longe do sensacionalismo do drama dos segundos em que o avião amara na água.

Gostei. Mas só isso.  

Já ouviram falar nisto?

Um site onde mulheres de forma muito cândida, natural e explícita explicam como obtêm prazer. Li sobre isto numa revista da treta mas fiquei curiosa. Achei muito simples, direto. Objectivo. Sem medos. Muito clean. Nada de pornografia, de segundas intenções. Muito prático e pragmático. Afinal porque não?

Sem complexos, mitos ou tabus.

De louvar a iniciativa. De louvar a abertura. Adere quem quer, é claro. Até porque é caro e não faço ideia se os conteúdos justificam o custo. Para umas sim, certamente. Para outras não, claramente.

Gostei do conceito. As mulheres são tão normalmente práticas em tudo, porque não no sexo também?

Sim, eu sei. Séculos de educação noutro sentido. Submissão, vergonha, etc...

Mas who cares??

Cá em casa a hora do estudo, dos trabalhos de casa não é normalmente fácil. Há falta de vontade, falta de ânimo e num dos casos há preparação insuficiente de anos anteriores, o que dificulta tudo ainda mais.

Com um as coisas corriam relativamente bem. Alguma facilidade de aprendizagem, boa memória e muito pragmatismo (leia-se abordagem "já que é que para fazer, faça-se num instante") facilitavam tudo. Os resultados eram bons, apenas não excelentes porque faltava aquele "extra mile" de estudo. Não somos pais fundamentalistas, desde que estejam a ficar bem preparados e que tenham alguns hábitos de trabalho tudo tranquilo. Há que ter tempo para tudo, brincar e estudar. O importante é garantir que no dia em que seja mesmo necessário esse "extra mile" os resultados possam aparecer.

Com outro sempre tudo mais díficil. Pouca vontade aliada a muita insegurança faziam da hora do estudo uma dor. Dor para nós e para ele. Resultados sempre dificeis e muito, muito acompanhamento.

Este ano com o primeiro tudo se complicou. Alguma síndrome de pré-adolescência com aquele ar de "eu sei" têm tornado tudo mais complicado. Decidimos confiar nele para a primeira ronda de testes. Não o temos pressionado. Pensamos que os resultados não serão maus mas não serão animadores. Pensamos que pode servir de lição. Pode parecer calculista e frio, mas às vezes por muito que nos custe, eles têm que aprender por eles próprios. Hoje começou essa aprendizagem. Dói. A nós e a ele.

Com o segundo tudo se simplificou. Um clique qualquer e de repente os trabalhos aparecem feitos. Com alguns solavancos. Com muitas inseguranças. Com matéria anterior não bem trabalhada. Mas com boa vontade. Com algum esforço. Temos ajudado. Temos suportado. Muito reforço positivo. Alguma ansiedade com os resultados. Há que estudar mais, trabalhar mais, compensar. Não é fácil. É preciso aprender algumas coisas de novo. Ganhar carapaça para os resultados menos bons que ainda vêm antes dos bons que hão-de vir. Essa carapaça não é fácil. Exige uma aprendizagem para resistir à frustação. Hoje começou essa aprendizagem. Dói. A nós e a ele.

Raios...

Já fiz muitas. Nunca resultou. Gosto de comer. Não como porcarias, quer dizer muito raramente. Não como muitos doces. Gosto de comer. Queijo, pão e vinho. Gin e fruta. Muita fruta. Sushi e risottos. Legumes e carne. Muitas coisas. Muitas outras coisas. Provavelmente devia comer menos. Como cada vez menos carne. Aquela coisa do planeta, metano, efeito de estufa e etc... Mas sobretudo desde que temos o cão Miró. Impossível olhar para ele e pensar em alguém a fazer mal a um animal. Agora como sobretudo carnes brancas.

Mas agora nova dieta. O peso a mais não me fazia sentir eu. Muita roupa que não me serve. Roupa da qual gosto. Por isso mais uma. Decidi que vou levar esta até ao fim. Decidi que não vou voltar a comer como comia. Que vou voltar a fazer as fases de transições todas. Tudo by the book. Esta dieta é cara e isso irrita-me. Mas mesmo assim o business case é positivo. Mais vantajoso que mudar de guarda roupa.

Agora também fazer exercício. Preciso ficar mais em forma. A idade já não perdoa. Chegamos a uma fase da vida em que percebemos que temos certas partes do corpo. Em que literalmente as sentimos. Subimos as escadas e sentimos os joelhos. Sempre estiveram lá mas agora sentimo-los.

Não, não estou assim tão gorda. Nada disso. Mas preciso ficar mais tonificada. Fazer mais exercício. Dizem que está na moda até.

Coragem.

Já se disse tudo sobre Dylan e o prémio Nobel. Eu continuo surpreendida.

Conheço a obra. Posso voltar a ela e ficar a conhecer melhor. Mas literatura inclui livros. Páginas em papel. Histórias que nos fazem entrar nelas, personagens densas como pessoas, vontade de nos transportar, que não nos deixam indeferentes. 

Querem dar um prémio a uma americano? Porque não a Roth, o melhor autor americano vivo?

1507-1.jpg

 

Tive muita dificuldade em conseguir acabar o livro. No final comecei a arrastar. Não queria que acabasse. Não queria mesmo. Ainda o verão ia começar (acabei em Junho) e já sabia que tinha lido o livro do ano.

Pena que esta senhora escreva tão pouco. É apenas o terceiro. E tal como os outros é incrivelmente bom.

Actual. Com muita matéria humana. A ler definitivamente.

Já comprei a versão inglesa. Quero ler novamente, mas desta vez na versão inglesa.

Leiam por favor, sim?

7_cata_eboutiqueCopCop.jpg

 

Uma marca de roupa, é:

1. Quando se muda de cidade tentar saber onde é que se vende. 

2. Como a marca não é muito mainstream, descobrir na net o distribuidor em Portugal, ligar para lá e ficar a saber onde se vende.

3. Durante anos a fio ir à única loja em Lx que vende e fazer compras lá (sobretudo nos saldos).

4. Sempre que se vai para fora do país tentar saber onde se vende e se possível comprar.

5. Quando a única loja que vende em Lx deixa de vender, voltar a ligar para o distribuidor e descobrir que já não se vende em Portugal (em lado nenhum).

6. Tentar comprar na loja oficial online e descobrir que não vende para Portugal (não fazem entregas). Ficar também a saber que não vende para Inglaterra (porque se explorou a possibilidade de fazerem entregas no escritório de Londres). Perceber também que não é vendida em nenhum outro site multimarca.

7. Arranjar uma morada de uma amiga em França (sim, a marca é francesa e fazem entregas em França) e perceber que não me consigo registar no site para comprar, porque através do endereço IP do meu PC descobrem que não estou em França.

8. Entrar em contacto direto com a marca e pedir-lhes para abrirem uma excepção para o meu endreço IP.

Já me disseram que sim. Enviei há poucos minutos o meu IP. Espero amanhã à noite ter acesso ao site e fazer as primeiras compras. Será?

E não. Eu não sou maluca, escrava da moda, fashion addict ou que quer que me queiram chamar. Nada disso. Mas gosto mesmo muito daquela marca. Daqueles lojas com as quais nos identificamos, nas quais o problema é fazer uma pequena selecção de peças para trazer para casa e (às vezes) perceber que se estivesse uns quilinhos mais magra tudo seria mais fácil.

É esta. Digam lá que não é do melhor? Não é barata. Mas tem qualidade. Tenho coisas com vários anos que continuo a usar. Nunca ficam foram de moda. Nunca estão na moda.

Ah, e a loja em Lx que costumava ter é esta. Espreitem que também vale a pena.