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Casa da Ju

Um blog sobre DIY, Costura, Livros, Filmes e mim…

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... só eu é que reparei que as eleições já terminaram? E que não vai haver nenhumas tão cedo?

Então, expliquem-me porque é que em todas as esquinas, rotundas e afins continuam a haver cartazes gigantescos das (diversas) campanhas?
É que como se isso, só por si, já não fosse suficientemente mau... em Cascais a campanha da Sra do PS tinha o slogan ridículo: "Cascais vai saber amar".

Em que é que o director de campanha estava a pensar? Qual era a ideia? Não há paciência...
Espero mesmo que esta história do Prémio Nobel funcione como 1 incentivo muito forte para o Sr.. Uma espécie de investimento em si (e no Mundo, já agora...).

É que para o Nobel da Paz não basta 1 discurso excepcional no Cairo. Não basta 1 postura de diálogo. Não basta dizer que vai fechar Guantanamo. Pode até ser fundamental, mas não é suficiente.

Vamos ver como lhe correm as coisas no problema Israel/Palestina. Vamos ver se se consegue manter no Iraque e no Paquistão o tempo suficiente e sair na altura certa (claramente não agora, certo?). Vamos ver...

Por isso entendo este prémio como 1 investimento em si. Pelo que já fez na mudança de discurso e de aproximação Ocidente/Oriente, pelo respeito que tem pelos BRIC mas sobretudo pelo que esperamos que faça ainda. Este prémio só veio colocar a sua fasquia (ainda) mais alta...

Obgd
E eu tenho 1!

Comprei uma máquina de costura. Sempre tive a ideia meia louca de fazer roupa para mim. Porque gosto de me vestir à minha maneira e acho que tenho muito boas ideias. Sou boa com o lápis e o papel para desenhar algo que acho que me fique bem...

Já tentei usar 1 costureira externa... mas não funciona tão bem porque acaba por ficar sempre mais ou menos igual a tudo o que elas fazem para toda a gente...

Então agora comprei a maquininha porque acho que vou conseguir fazer 1s saias para mim. Tão giras como as da Cop Copine (e mt mais baratas é claro).

Qual é o único senão? Para além do (pouco) tempo livre que tenho (e acho que até já me tenho queixado disso por aqui)... é claro que eu não sei costurar... Sei coser à maquina. O que é muito diferente de conseguir cortar 1 pedaço de tecido e dar-lhe forma... Mas vamos ver... Hei-de conseguir... :)

Ah... e é claro que aquela parte chata de remendar toda a roupa do Gui (1 par de calças de ganga dura em média 3 utilizações até ter 1 buraco nos joelhos)... vou continuar a delegar na mamã (isto enquanto ela tiver paciência para me aturar...)... é que não há paciência para isso...



pois que de uma ou duas engraçadinhas a passear na cozinha... passámos para 1 invasão generalizada...

e ume vez que nem colocar as crias com as ferramentas de brincar a tratar-lhes da saúde teve os resultados previstos (e vê-los a martelar nas coitadas é o máximo, eu confesso...) ... lá fomos nós para o insecticida!

Quem diz que ter jardim, contacto com a natureza e afins é muito bom?
Digamos que agora tenho natureza a mais na minha cozinha!

GUERRA! É o que vamos ter...
Ah, pois é minhas amiguinhas pretinhas! GUERRA!!

... balsâmico e molho de foie gras serpentado de sementes de papoila e com toque de pimenta de sichuan...

ou seja... porque é que todos os pratos agora, nestas novas tendências de cozinha que por aí andam, têm que ter 1 nome com pelo menos 3 linhas na ementa?

Eu até gosto deste tipo de cozinha. Gosto da delicadeza dos sabores e de poder sentir cada ingredente e a forma como todos eles combinam e têm harmonia entre si (isto se o chefe tiver mão para a coisa, é claro...), mas tenho muitas vezes a sensação de que estamos a cair num exagero. É como se assim fosse muito sofisticado e só por isso nos pudessem cobrar uns 20 a 25 eurinhos por prato... E depois os ingredientes não têm a qualidade que se espera e nem combinam assim tão bem entre si.

E este fds pudemos constatar exactamente isso! Em dois restaurantes ultra sofisticados em Peso da Régua onde fizemos 2 refeições (nada baratas por sinal) e os nomes dos pratos (longuíssimos como seria de esperar) prometiam muito mais do que depois revelaram.

No Douro In a comida não estava má mas não, não tinha o sabor que prometia (os grelos de salteados não tinham nada e eu faria 1 cabrito bem melhor que aquele). A carta de vinhos que parecia excelente revelou-se 1 decepção: pedimos 1 Duas Quintas Reserva de 2003 (dificílimo de apanhar por aí) para o empregado nos informar que esse foi "substituído" pelo de 2007... Como se uma colheita fosse substituída pela outra... e se não têm o vinho porque está ele indicado na carta? Além de que os preços practicados para o vinho são escandalosos.

No Castas&Pratos, também em Peso da Régua... serviram-me 1 carpaccio com maionese (??!!) e no prato no robalo, além de uma salada com demasiado azeite e muito salgada, colocaram ameijoas vietnamitas (daquelas congeladas que se compram no supermercado e que não têm 1 terço do sabor da nossa ameijoa de casca escura). Como?

Uma desilusão ambos.

Para contrastar em Vila Real comemos num restaurante que nunca tinhamos ouvido falar: 1 arroz de pato que depois também tinha os seus segredos (mas não anunciados na ementa) e um lombo de porco com espargos. Simples, muito saboroso (e pela metade do preço).

Não tenho nada contra esses restaurantes que têm essas novas tendências culinárias. Muito pelo contrário. Há alguns que gosto bastante. E que só não visito mais pq infelizmente o tempo e o dinheiro não dão para tudo... mas convençam-se: o importante é a qualidade! Seja 1 tasco como o Molha O Bico e as suas bifanas, empadas e croquetes deliciosos, 1 restaurante de comida tradicional portuguesa sem grandes pretensões, O Eleven ou o Pestana Palace... o que interessa é a qualidade. E não basta ter 1 ar cool, sofisticado e uma ementa que parece 1 romance para valer a pena.

E ultimamente tenho apanhado algumas desilusões...
O Gu esta semana abriu a dele.
Ligaram da escola a meio da tarde. Tinha caído, feito 1 golpe na testa, grande e fundo e acharam melhor ir para o hospital.

Pedi para o levarem enquanto eu e o pai nos punhamos a caminho para ir lá ter.

Saí do trabalho. Fila para sair do parque de estacionamento. Acidente com dois autocarros. Esperar. Desesperar. Optar por sair em contra-mão. A5. Fila em Monsanto (às 4 da tarde).
220 na autoestrada (cada vez gosto mais de ti carrinho!...).

Chego ao hospital de Cascais. O pai já lá está. O Gu está mais calmo. Vê-me e chora só 1 bocadinho. Tem 1 penso na testa e não consigo ver o buraco que esconde. Já lhe mudaram a t-shirt e há poucos vestígios de sangue nas calças.

Chamam-nos e vamos para a sala das pequenas cirurgias. Embrulham-no num lençol para não se conseguir mexer (e não ter frio de acordo com a lógica dele). O pai sai da sala, só pode ficar 1 de nós e eu fico para lhe agarrar nas pernas. Vejo o buraco. Vê-se claramente o osso. A enfermeira agarra-lhe a cabeça. O médico cose. E ele grita. Grita muito. Fica muito irritado e pede para não o agarrarem. O médico termina. 4 pontos. E ele levanta-se.

Saímos da sala e pede-me os sugos que eu tinha prometido antes de entrarmos.

E aí fico a saber que ele está bem. Que já não lhe doi. Que a anestesia correu bem. E preocupo-me pela cicatriz enorme com que vai ficar. Mesmo no meio da testa. E preocupo-me com o outro. Que está sózinho na escola. E tem medo que não o vamos buscar.

Diz-me a minha flor que esta é só a 1ª cicratiz. E que virão outras coisas. Os ossos partidos e outras coisas.

mas eu cá não sei se terei coragem para tanto...