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Casa da Ju

Um blog sobre DIY, Costura, Livros, Filmes e mim…

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... balsâmico e molho de foie gras serpentado de sementes de papoila e com toque de pimenta de sichuan...

ou seja... porque é que todos os pratos agora, nestas novas tendências de cozinha que por aí andam, têm que ter 1 nome com pelo menos 3 linhas na ementa?

Eu até gosto deste tipo de cozinha. Gosto da delicadeza dos sabores e de poder sentir cada ingredente e a forma como todos eles combinam e têm harmonia entre si (isto se o chefe tiver mão para a coisa, é claro...), mas tenho muitas vezes a sensação de que estamos a cair num exagero. É como se assim fosse muito sofisticado e só por isso nos pudessem cobrar uns 20 a 25 eurinhos por prato... E depois os ingredientes não têm a qualidade que se espera e nem combinam assim tão bem entre si.

E este fds pudemos constatar exactamente isso! Em dois restaurantes ultra sofisticados em Peso da Régua onde fizemos 2 refeições (nada baratas por sinal) e os nomes dos pratos (longuíssimos como seria de esperar) prometiam muito mais do que depois revelaram.

No Douro In a comida não estava má mas não, não tinha o sabor que prometia (os grelos de salteados não tinham nada e eu faria 1 cabrito bem melhor que aquele). A carta de vinhos que parecia excelente revelou-se 1 decepção: pedimos 1 Duas Quintas Reserva de 2003 (dificílimo de apanhar por aí) para o empregado nos informar que esse foi "substituído" pelo de 2007... Como se uma colheita fosse substituída pela outra... e se não têm o vinho porque está ele indicado na carta? Além de que os preços practicados para o vinho são escandalosos.

No Castas&Pratos, também em Peso da Régua... serviram-me 1 carpaccio com maionese (??!!) e no prato no robalo, além de uma salada com demasiado azeite e muito salgada, colocaram ameijoas vietnamitas (daquelas congeladas que se compram no supermercado e que não têm 1 terço do sabor da nossa ameijoa de casca escura). Como?

Uma desilusão ambos.

Para contrastar em Vila Real comemos num restaurante que nunca tinhamos ouvido falar: 1 arroz de pato que depois também tinha os seus segredos (mas não anunciados na ementa) e um lombo de porco com espargos. Simples, muito saboroso (e pela metade do preço).

Não tenho nada contra esses restaurantes que têm essas novas tendências culinárias. Muito pelo contrário. Há alguns que gosto bastante. E que só não visito mais pq infelizmente o tempo e o dinheiro não dão para tudo... mas convençam-se: o importante é a qualidade! Seja 1 tasco como o Molha O Bico e as suas bifanas, empadas e croquetes deliciosos, 1 restaurante de comida tradicional portuguesa sem grandes pretensões, O Eleven ou o Pestana Palace... o que interessa é a qualidade. E não basta ter 1 ar cool, sofisticado e uma ementa que parece 1 romance para valer a pena.

E ultimamente tenho apanhado algumas desilusões...

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